UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
Pedagogia PARFOR
Projeto Brincar: Jogo de Amarelinha
Loenir Jorge Gonçalves
Lourinete Vieira de Morais
Maria Fátima Menezes de Lima
Tatiana França dos Santos
Fátima Mendes Candia
Santos
2010
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
Pedagogia PARFOR
Projeto Brincar: Jogo de Amarelinha
Trabalho apresentado como exigência parcial para avaliação do primeiro semestre do curso de Pedagogia PARFOR, nas disciplinas de Instrumentação de Língua Portuguesa I, Metodologia de Pesquisa e .....
Santos
2010
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva a sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória e a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Volume II).
(Citação com mais de três linhas deve ser recuada da margem 4 cm, entrelinha simples, fonte 11, sem aspas, com o número da página)
Justificativa
Partindo de uma base sólida para a educação infantil, que é o Referencial Nacional para Educação Infantil, podemos observar como é importante o ato de brincar para a criança, é através das brincadeiras que é desenvolvida uma série de habilidades fundamentais ao desenvolvimento da criança em diversos aspectos físicos, morais, sociais, psicológicos, cognitivos.
Para Brougère (2007), “brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo; mas uma atividade dotada de uma significação social precisa que, como outras, necessita de aprendizagens.”
Para aprender com os outros, a criança precisa ter vínculos afetivos e esses vínculos podem ser com adultos ou crianças e depende também da utilização de recursos de cada criança onde podemos destacar a imitação, o faz-de-conta, a linguagem, a imagem corporal, memória, a imaginação.
Para Brougère (2007), a brincadeira precisa ser ensinada para a criança, ela precisa aprender para poder brincar, sendo a mãe a pessoa mais próxima da criança, ela começa a aprender a brincar com esta. O primeiro contato com o brincar da criança é com a mãe devido a esse grande vínculo afetivo e de proximidade.
Para que a criança, longe de saber brincar, deve aprender a brincar e que as brincadeiras chamadas de brincadeiras de bebês entre a mãe e a criança são indiscutivelmente um dos lugares essenciais dessa aprendizagem. A criança começa a inserir-se num jogo pré-existente da mãe mais como um brinquedo do que como uma parceira, antes de desempenhar um papel mais ativo pelas manifestações de contentamento que vão incitar a mãe a continuar brincando. (p. ?)
As crianças desde muito pequenas reproduzem através de gestos, expressões faciais, sons e imitação de sua realidade ou de pessoas que estão a sua volta. Através da imitação a criança observa e aprende com os outros. O ser humano por ser um ser social é por meio do brincar que ele desenvolve a aprendizagem.
No brincar de faz-de-conta a criança imita papéis presentes no seu cotidiano, ela vai interpretar a sua realidade através da sua imaginação e das experiências já adquiridas. Assim como Kishimoto (2007) cita os pressupostos de Vygotsky (1988, 1987, 1982) “[...] de que uma cultura forma a inteligência e que a brincadeira de papéis, favorece a criação de situações imaginárias e reorganiza experiências vividas [...]” (p. ???)
Os jogos de fixação e construção referem-se ao faz-de-conta e os de construção aos objetos. Exemplo: um pedaço de madeira vira um carrinho. O jogo de fixação refere-se às pessoas e aos papéis que elas desempenham no grupo: é brincar de casinha, de escolinha.
É a repetição das cenas, inúmeras vezes como que para aprender o significado dos atos das pessoas e compreender os papéis que elas desempenham no grupo. A criança age como se estivesse levando o bebê, dirigindo o carro. Essa atividade de faz-de-conta pode ser conjugada com o jogo de construção. Quando o jogo envolve construção, o objeto, o lúdico (a brincadeira, o bebê, etc) deve estar presente. A criança recorre, então, à sua construção a partir do material a sua disposição.
A criança pára para observar atentamente uma cena, uma situação, um determinado objeto, refaz inúmeras vezes um percurso, monta-desmonta um objeto, combina-os entre si e assim por diante e são essas atividades de construção que dão suporte ao jogo.
O jogo pressupõe-se uma cultura lúdica, um conjunto de procedimentos, regras que permite jogar, variando de acordo com a realidade e o contexto social como diz Brougère “A cultura lúdica é, antes de tudo, um conjunto de procedimentos que permitem tornar o jogo possível.” Leva-se em consideração a cultura lúdica na qual a criança está inserida. Cada lugar tem a sua interpretação do brincar e do jogar de acordo com a sua cultura lúdica que é o produto da interação social dessa cultura. “Cada cultura, em função de analogias que estabelece vai construir uma esfera delimitada (de maneira mais vaga do que precisa) aquilo que numa cultura é designável como jogo.”
A sugestão, no sentido de realização de atividades culturais, como o pular corda, a amarelinha, o esconde-esconde e outros, tem o objetivo de resgatar a importância da cultura lúdica do nosso povo de maneira a respeitar o aluno que, em relação ao corpo e ao brinquedo, inegavelmente possui um amplo conhecimento adquirido fora da escola.
Segundo Kishimoto (2007), no Brasil, não se leva em consideração traços que marcam a pluralidade cultural e brincadeiras riquíssimas do folclore brasileiro. As brincadeiras tradicionais estão se perdendo por não abrirem espaços dentro das escolas para divulgá-las. Algumas instituições de ensino e pesquisa realizam estudos e pesquisas para subsidiar profissionais no trabalho pedagógico capacitando profissionais de creches e pré-escolas para a inclusão dessas brincadeiras dentro da cultura escolar e que somente com medidas políticas é que as crianças terão acesso ao seu direito de aprender por meio do prazer e das brincadeiras.
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